A LEI DOS INTERESSES

Nos tempos que correm imperam as leis dos interesses sobre a lei geral. A ganância daqueles que não olham a meios para atingir os seus fins e que se aproveitam da situação actual como desculpa para se livrarem de responsabilidades, com um calculismo frio que não respeita ninguém.

Os exemplos que vêm de cima não são os melhores. Explora-se os mais fracos e com menos poder reivindicativo, porque é mais fácil afrontar estes do que os fortes, os lóbis, monopólios e grandes empresas que detêm  o verdadeiro poder.

O estado e o governo continuam a dar maus exemplos, porque enquanto pedem sacrifícios, esbanjam com despudor  em mordomias de que não prescindem. Temos deputados a mais, assessores a mais, institutos a mais, fundações a mais. Um sorvedouro de dinheiros públicos.

A nossa história como povo está, infelizmente, cheia destes exemplos que já vêm dos tempos da realeza. Os governantes continuam a ter a sua corte e o seu séquito e não os querem perder. Enquanto uns enriquecem, de uma forma vergonhosa, outros empobrecem. O fosso é cada vez maior e o 25 de Abril não passa de uma quimera. A vergonha continua. Só se pedem sacrifícios a quem já está farto de contribuir e nunca aos que nos levaram para esta crise (fundos, swaps, etc...).

Quando o Sr. 1º ministro disse que havia muita gente que não tinha descontado para as reformas que usufruíam, estava com certeza também a pensar nos políticos e noutras classes privilegiadas que ao fim de poucos anos de trabalho têm direito à sua reforma, para a qual não descontaram durante 35 anos como o comum dos cidadãos.

Os que defraudaram, corromperam e se aproveitaram do sistema continuam, na sua maior parte, a passear impunemente e a conviverem com estes POLÍTICOS QUE SERVEM INTERESSES.

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